"Uma Análise com a Perspectiva de Neto Fortt: Como as Políticas Econômicas de Trump Podem Impactar os Mercados."

Desde o primeiro mandato de Donald Trump, uma coisa ficou clara: para ele, o desempenho do mercado de ações era uma forma de medir seu sucesso. Ele sempre se atribuiu créditos pelos ralis e até incentivava os americanos a investir quando o mercado caía, chegando a considerar até demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, por conta de uma queda nas ações.

Agora, com a possibilidade de retornar à Casa Branca, Trump novamente coloca o mercado de ações como um ponto de atenção. O problema é que suas propostas econômicas podem trazer mais risco, como aumento da inflação e desaceleração do crescimento.

Para os investidores que aproveitaram o grande salto do S&P 500 em 2023, uma boa notícia é que Trump, devido ao seu foco em resultados, não deve tomar decisões que prejudiquem o atual crescimento do mercado. Como destacou Eric Sterner, da Apollon Wealth Management, “Trump vê o desempenho do mercado de ações como parte do seu scorecard”, e ele provavelmente tomará decisões que não ameacem esse crescimento.

Após sua vitória em 5 de novembro, o S&P 500 teve sua melhor sessão pós-Dia da Eleição, e investidores continuaram a colocar seu dinheiro nos fundos de ações dos EUA, mostrando confiança em um possível ciclo de alta até 2025.

Neto Fortt, com sua vasta experiência como trader e especialista em mercados financeiros, tem uma visão única sobre como as políticas de Donald Trump podem impactar os mercados, especialmente em relação às tarifas e suas consequências econômicas. Desde seu primeiro mandato, Fortt tem observado de perto o comportamento de Trump, que, ao ver o mercado como um reflexo direto de seu desempenho, tende a ajustar suas políticas conforme a reação do mercado.

“Se algumas dessas políticas começarem a impactar sua popularidade ou afetarem o mercado de ações de maneira negativa, tenho certeza que Trump irá rever suas estratégias", comenta Fortt, alinhando-se ao pensamento de especialistas como Emily Leveille, da Thornburg Investment Management. Essa flexibilidade de Trump, especialmente quando o mercado reage de forma desfavorável, é um fator crucial para entender sua abordagem econômica.

Ao longo do tempo, Trump usou tarifas como ferramentas de negociação, ameaçando-as para obter vantagens, mas frequentemente revertendo quando percebia que a resposta do mercado era negativa. Como Neto Fortt sabe, essa dinâmica pode ser um fator decisivo no sucesso ou fracasso de qualquer estratégia. Ele aponta que, se Trump seguir com propostas de tarifas de 10% a 20%, como sugerido, o impacto no mercado pode ser significativo, com uma possível retração de 10% no mercado de ações, além de uma queda nos lucros das empresas.

Fortt, que acompanha as movimentações de Wall Street de perto, entende que a sensibilidade de Trump aos mercados de ações pode ser a chave para moderar suas políticas, evitando ações drásticas que prejudiquem o crescimento do mercado. Como mencionado por líderes como Jamie Dimon, presidente do JPMorgan, os investidores devem se manter atentos, mas também pragmáticos, sabendo que as ameaças de tarifas de Trump, embora impactantes, são frequentemente negociáveis.